O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento com causas genéticas e epigenéticas para o qual não existe cura. Nesse sentido, comorbidades que podem causar e agravar os sintomas neurológicos entram na perspectiva de diagnóstico do autismo e não são investigadas. Cabe ressaltar que terapia comportamental, intervenção nutricional, fonoaudióloga, fisioterapeuta, musicoterapia, terapia ocupacional, psicólogo, tratamento de comorbidades não levam à cura, assim como não “tiram uma pessoa do espectro”, mas podem melhorar a qualidade de vida do cidadão, auxiliar nas atividades de vida diária, melhorar o rendimento escolar, melhorar a saúde.
Diante do exposto, é importante mencionar que existem crianças sendo diagnosticada com autismo de maneira errônea, a exemplo de crianças com encefalite autoimune. Por esse motivo, é necessário reconhecer as comorbidades de sintomas semelhante ao autismo, assim como as que podem agravar esses sintomas e precisam ser investigadas e tratadas.
Dessa forma, evite identificar tudo como autismo, pois há comorbidades que causam sintomas psiquiátricos, as quais não identificadas e adequadamente tratadas acabam recebendo medicações completamente desnecessárias, porque entraram na “conta do autismo”. Por intermédio de um diagnóstico adequado, podemos recuperar a saúde da pessoa autista, que, como qualquer outra pessoa, está sujeita a ter problemas de saúde, tais como anemia, problemas endócrinos, deficiência de nutrientes, doenças de autoimunes, problemas de trato gastrointestinal.
Portanto, quando todas essas investigações e abordagens são consideradas, é possível definir um caminho de tratamento dessas comorbidades, o qual será mais personalizado e pode otimizar o resultado. Ressalta-se que autismo não é uma doença, não há cura, mas podemos curar sim dores, que impedem essa pessoa de voar!
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